quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Produtividade do ecossistema

Quando tratamos de Ecologia tratamos da interação entre seres e o meio ambiente. Os seres, de acordo com classificações da cadeia alimentar, podem ser produtores consumidores ou decompositores. Porém podemos ver que até mesmo os consumidores realizam alguma produção ao ambiente, por exemplo as fezes, que são capazes de ter a serventia de adubo para plantas. No entanto, neste post focaremos na produtividade ao longo da sucessão ecológica.
Assim como outros assuntos vistos anteriormente, ocorrem divisões no tema geral. Entre as divisões sobre produtividade do ecossistema temos:

Produtividade Primária Bruta (PPB)

Representa a energia total sintetizada pelos seres produtores, no caso, autótrofos, considerando a produção de oxigênio e de matéria orgânica (glicose, carboidratos, entre outros). Alguns estudos explicam que a PPB é dada pela massa de matéria orgânica / tempo / área, ou seja, a d

Produtividade Primária Líquida (PPL)

Representa a quantidade de energia (no caso, carboidratos e oxigênio) disponível pelos produtores autótrofos através da sintetização própria (fotossíntese ou quimiossíntese) aos demais seres do sistema, os consumidores. Porém, antes da disponibilização desta energia, os autótrofos separam certa quantidade de energia (glicose) para si, sendo o resto aproveitado pelos consumidores.
Na ecese a produtividade primária líquida é alta, pois possui maior quantidade de autótrofos em relação ao heterótrofos, a PPL é alta mesmo até para atração de novas espécies ao meio.
Com o crescimento do sistema, consequentemente há o aumento da biomassa com a chegada não só de novas espécies, mas também o crescimento e reprodução das já existentes. Devido à isto, ocorre a redução da produtividade primária líquida, sendo diminuído até entrar em equilíbrio com o que é consumido. No clímax a PPL é aproximadamente 0 (a PPL calcula-se subtraindo a produção pelo consumo ou PPB - Respiração), ou seja, toda a matéria orgânica que é produzida é consumida.
Então, estabelece-se a afirmação de que quanto mais complexo for o sistema, menor será a disponibilidade de energia e menor é a produtividade primária líquida. Observa-se que a produtividade não pode ser menor do que o consumo, caso isto seja verdade o ecossistema pode entrar em colapso.
Salienta-se, ainda, que quando em clímax como a PPL é teoricamente 0 (entretanto na prática é apenas um número aproximado) a disponibilidade de oxigênio ao ambiente é pouca, pois todo o oxigênio da fotossíntese é utilizado pelos seres respiradores.
Segundo a Apostila de Ecologia Geral da Universidade Federal de Juíz de Fora (UFJF) cerca de 45% da luz solar em plantas é refletida, absorvida de modo inútil ou dispersa, ou seja, 45% são inutilidades em relação à produtividade; 5% é transformado em PPB; de 2,5% a 4,0% é transformado em PPL e de 1% a 2,5% é usado para a respiração da própria planta.

Observações

1) Alguns estudos dizem que a produtividade primária bruta é a taxa fotossintética total, ou seja, tudo o que é produzido na fotossíntese; que a PPL é PPB - Respiração dos autótrofos e que produtividade líquida da comunidade (PLC) = PPL - Consumo por herbívoros, contudo o jeito mais utilizado é o simples, o descrito anteriormente.
2) A produtividade primária líquida no clímax é menor que na ecese, todavia a sintetização total de energia no clímax é maior que na ecese, pois possui quantidade maior de produtores. Em palavras mais simples, o que sobra de energia na ecese é maior que no clímax, mas o total de energia do clímax é maior que na ecese.

Fatores de produtividade

Assim como foi visto, a sucessão ecológica depende de fatores, sejam eles bióticos ou abióticos. Para a produtividade de um ecossistema temos a condição de que quanto maior incidência de luz no local maior será a produção. Do contrário, em locais menos iluminados a produção será menor.
Também existe a relação de que locais iluminados tem temperaturas altas e, por conseguinte, classificados como tropicais, ou seja, são os mais produtores. Já os menos iluminados geralmente são frios, classificados como regiões temperadas, frias ou polares; produzem menos. Veja o gráfico.


Produção primária líquida em ambientes terrestres. O gráfico mostra bem que áreas mais tropicais e iluminadas possuem maior PPL. Retirado de http://pt.slideshare.net/paulotmo/produo-primria-lquida-biomassa-ciclo-do-carbono-e-nitrognio-desenvolvimento-sustentvel.

Todavia (sempre há um porém), deve haver equilíbrio entre fatores. Não compensa um local ser bem iluminado se é desprovido de outras condições favoráveis como a qualidade edáfica ou presença de água. Tudo deve estar em equilíbrio para a boa qualidade de vida. Os exemplos são os extremos: como desertos, que são lugares bem iluminados, entretanto sem um solo propício à formação de vida.


Fonte: 

Sucessão Ecológica - Paulo Jubilut - Youtube. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=RPvTbMyfpok.


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